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Ciclo “Fusões no Cinema” dedicado à Literatura

O Ciclo de Cine­ma — Fusões no Cine­ma — orga­ni­za­do pelo Cen­tro de Estu­dos Cine­ma­to­grá­fi­cos e os Cami­nhos do Cine­ma Por­tu­guês irá reto­mar na pró­xi­ma sema­na e será dedi­ca­do ago­ra à Literatura.

Come­ça quin­ta-fei­ra dia 12 de Outu­bro às 22h00 no Mini-Audi­tó­rio Sal­ga­do Zenha da AAC, com a estreia em Coim­bra do fil­me Com­boio de Sal e Açú­car de Licí­nio Aze­ve­do, rea­li­za­dor e escri­tor que adap­ta a sua pró­pria obra lite­rá­ria ao cine­ma. Depois ire­mos via­jar até à lite­ra­tu­ra fran­ce­sa com Albert Camus, autor que alguns clas­si­fi­cam como um apai­xo­na­do pela exis­tên­cia, cuja obra adap­ta­da Lon­ge dos homens tem ban­da sono­ra ori­gi­nal com­pos­ta por Nick Cave e War­ren Ellis.

O Ciclo que terá lugar todas as quin­tas-fei­ras de 12 de Outu­bro a 9 de Novem­bro, inclui­rá tam­bém obras adap­ta­das ao cine­ma de Luiz Ruf­fa­to, Fer­nan­do Pes­soa e José Sara­ma­go. Além dis­so, terá uma ses­são espe­ci­al para o dia das bru­xas, dia 31 de Outu­bro à 00h00, com A Ins­ta­la­ção do Medo de Ricar­do Lei­te e o fil­me pro­ta­go­ni­za­do por Nuno Melo, O Barão de Edgar Pêra que explo­ra a obra de Bran­qui­nho da Fon­se­ca num regis­to que res­sus­ci­ta o expres­si­o­nis­mo ale­mão dos anos 1920. 

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O Ciclo de Cine­ma — Fusões no Cine­ma — orga­ni­za­do pelo Cen­tro de Estu­dos Cine­ma­to­grá­fi­cos e os Cami­nhos do Cine­ma Por­tu­guês irá reto­mar na pró­xi­ma sema­na e será dedi­ca­do ago­ra à Literatura.

Come­ça quin­ta-fei­ra dia 12 de Outu­bro às 22h00 no Mini-Audi­tó­rio Sal­ga­do Zenha da AAC, com a estreia em Coim­bra do fil­me Com­boio de Sal e Açú­car de Licí­nio Aze­ve­do, rea­li­za­dor e escri­tor que adap­ta a sua pró­pria obra lite­rá­ria ao cine­ma. Depois ire­mos via­jar até à lite­ra­tu­ra fran­ce­sa com Albert Camus, autor que alguns clas­si­fi­cam como um apai­xo­na­do pela exis­tên­cia, cuja obra adap­ta­da Lon­ge dos homens tem ban­da sono­ra ori­gi­nal com­pos­ta por Nick Cave e War­ren Ellis.

O Ciclo que terá lugar todas as quin­tas-fei­ras de 12 de Outu­bro a 9 de Novem­bro, inclui­rá tam­bém obras adap­ta­das ao cine­ma de Luiz Ruf­fa­to, Fer­nan­do Pes­soa e José Sara­ma­go. Além dis­so, terá uma ses­são espe­ci­al para o dia das bru­xas, dia 31 de Outu­bro à 00h00, com A Ins­ta­la­ção do Medo de Ricar­do Lei­te e o fil­me pro­ta­go­ni­za­do por Nuno Melo, O Barão de Edgar Pêra que explo­ra a obra de Bran­qui­nho da Fon­se­ca num regis­to que res­sus­ci­ta o expres­si­o­nis­mo ale­mão dos anos 1920.

Programação

12 de Outu­bro — 22h00
Com­boio de Sal e Açú­car de Licí­nio Azevedo

19 de Outu­bro — 22h00
Lon­ge dos homens de David Oelhoffen

26 de Outu­bro — 22h00
Esti­ve em Lis­boa e Lem­brei de Você de José Barahona

31 de Outu­bro — 00h00
A Ins­ta­la­ção do Medo de Ricar­do Leite
O Barão de Edgar Pêra

https://vimeo.com/186518035

 

2 de Novem­bro — 22h00
Fil­me do Desas­sos­se­go de João Botelho
Ses­são comen­ta­da por Manu­el Por­te­la (FLUC)

9 de Novem­bro — 22h00
Ensaio sobre a Ceguei­ra de Fer­nan­do Meirelles

Entra­da Livre

A Literatura no Cinema

Vir­gí­lio Fer­rei­ra, ao con­trá­rio daqui­lo que era defen­di­do por Ing­mar Berg­man, con­si­de­ra­va que o Fil­me pode­ria ser um meio de pro­jec­ção das idei­as lite­rá­ri­as de um escri­tor. Do livro ao fil­me, pou­co se per­de quan­to ao con­cei­to que fun­da­men­ta a Obra, mudan­do ape­nas o seu for­ma­to e meio para apre­en­são do leitor-espectador.

Con­si­de­ra­mos que o que une a Lite­ra­tu­ra ao Cine­ma é a par­ti­ci­pa­ção acti­va daque­le que lê e que assis­te ao fil­me. Seja trans­for­mar pala­vras em qua­dros ima­gé­ti­co-ima­gi­ná­ri­os pela men­te do lei­tor, ou a trans­for­ma­ção de ima­gem fixa em movi­men­to pelo cére­bro do espec­ta­dor, há uma neces­si­da­de pre­men­te da men­te daque­le que se sub­me­te à recep­ção da Obra.

Mais que um meio de comu­ni­ca­ção de tex­to, atra­vés do argu­men­to por exem­plo, o Fil­me que se baseia no Livro é uma opor­tu­ni­da­de de mudan­ça de pers­pec­ti­va. O que o Fil­me con­se­gue for­ne­cer, é a capa­ci­da­de de ver com olhos aber­tos a for­ma como o Rea­li­za­dor mon­tou men­tal­men­te o tex­to que leu e assim o explo­rou. Na prá­ti­ca, o que o Rea­li­za­dor faz é des­vi­ar o olhar do lei­tor con­ven­ci­o­nal, que olha para bai­xo, levando‑o a erguer os olhos para a tela, ouvin­do e ven­do o esque­le­to nar­ra­ti­vo dei­xa­do pelo Escri­tor, enri­que­ci­do com ele­men­tos téc­ni­cos e esté­ti­cos cine­ma­to­grá­fi­cos para uma apre­en­são do cer­ne argumentativo.

Nes­te ciclo, pre­ten­de-se que o típi­co espec­ta­dor seja arras­ta­do para o mun­do da Lite­ra­tu­ra, dei­xan­do-lhe a semen­te da curi­o­si­da­de lite­rá­ria, ao mes­mo tem­po que apro­xi­ma­mos os apai­xo­na­dos pelos clás­si­cos a uma nova for­ma de ver o tex­to em movi­men­to. Via­jan­do pelo mun­do cri­a­ti­vo de diver­sos auto­res, o espec­ta­dor terá a opor­tu­ni­da­de de ver o Tex­to e o Escri­tor em tela, dei­xan­do-se mar­car pela capa­ci­da­de cri­a­ti­va num sen­ti­do duplo: da Escri­ta e da Rea­li­za­ção. É a opor­tu­ni­da­de de jun­tar lei­to­res e ciné­fi­los, ambos com o dese­jo de assi­mi­la­ção da arte pela sua con­tri­bui­ção acti­va: sem lei­tor, o escri­to não ganha vida; sem espec­ta­dor, a tela apre­sen­ta meras ima­gens sem movimento.

O Ciclo “Fusões no Cine­ma”  será comen­ta­do por Manu­el Portela.

https://apps.uc.pt/mypage/faculty/mportela/

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