Paulo Branco ganha recurso no processo “O Homem Que Matou D. Quixote”

O tri­bu­nal de recur­so em Paris afir­ma que os direi­tos de dis­tri­bui­ção do fil­me per­ten­cem ao pro­du­tor português. 

Cinema Portugus

O tribunal de recurso em Paris afirma que os direitos de distribuio do filme pertencem ao produtor portugus.

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Can­nes 2018 

O Homem que Matou Dom Qui­xo­te” de Ter­ry Gil­li­am encer­ra o Fes­ti­val de Can­nes 2018 Com um pro­ces­so em tri­bu­nal envol­ven­do pro­du­to­res ain­da a decor­rer, o fil­me amal­di­o­a­do do anti­go Monty Python vai final­men­te ter estreia … 

A decisão do Tribunal de Recurso em Paris sobre o processo judicial que opôs Paulo Branco ao realizador Terry Gilliam, por causa do filme “O Homem Que Matou D. Quixote”, foi favorável ao produtor português.

“(A deci­são) foi favo­rá­vel, com­ple­ta­men­te, a cem por cen­to. Em toda a linha, como se cos­tu­ma dizer”, dis­se Pau­lo Bran­co em decla­ra­ções à agên­cia Lusa, subli­nhan­do que “a explo­ra­ção do fil­me, a ser fei­ta, só pode ser fei­ta pela Alfa­ma ou pela Leo­par­do fil­mes — em Por­tu­gal, pela Leo­par­do, no res­to do mun­do, pela Alfa­ma Films — e todos os outros con­tra­tos são ilegais”. 

O pro­du­tor adi­an­tou que ago­ra irão ser pedi­das indem­ni­za­ções a quem já explo­rou o fil­me, e que todos os atos admi­nis­tra­ti­vos que pos­sam ter ocor­ri­do com outras enti­da­des, que não sejam a pedi­do da Alfa­ma ou da Leo­par­do, têm que ser anulados. 

Pau­lo Bran­co con­si­de­rou que este pro­ces­so resul­tou num “desas­tre indus­tri­al” e sali­en­tou que esta deci­são judi­ci­al “é defi­ni­ti­va”. Para o pro­du­tor, o que se pas­sou em todo este pro­ces­so foi “uma situ­a­ção inad­mis­sí­vel, de fal­ta de res­pei­to, e sobre­tu­do de ile­ga­li­da­des sobre ile­ga­li­da­des come­ti­das con­tra os direi­tos, meus e da Alfa­ma e da Leo­par­do”. “A par­tir daqui, cada um que tire as suas con­sequên­ci­as. Nós tira­re­mos as nos­sas e agi­re­mos con­for­me”, acrescentou. 

A sen­ten­ça hoje conhe­ci­da diz res­pei­to a um pro­ces­so judi­ci­al que opu­nha o rea­li­za­dor Ter­ry Gil­li­am ao pro­du­tor Pau­lo Bran­co, numa dis­pu­ta legal pelos direi­tos do fil­me “O Homem Que Matou D. Qui­xo­te”, envol­ven­do o pro­du­tor português. 

Bran­co e Gil­li­am desen­ten­de­ram-se em setem­bro de 2016, cin­co meses após o anún­cio da par­ce­ria com a Alfa­ma Fil­mes que, final­men­te, per­mi­ti­ria avan­çar com a roda­gem de um pro­je­to que Gil­li­am arras­tou duran­te duas déca­das e fora víti­ma de inú­me­ros pro­ble­mas e azares. 

Ter­ry Gil­li­am ale­gou que Bran­co não arran­jou o dinhei­ro que pro­me­te­ra, pediu a anu­la­ção do con­tra­to e, na pri­ma­ve­ra de 2017, seguiu com o fil­me na com­pa­nhia de outros pro­du­to­res, incluin­do a tam­bém por­tu­gue­sa Ukbar Fil­mes, de Pan­do­ra da Cunha Telles. 

Com a quei­xa de Bran­co em tri­bu­nal, em maio des­te ano, o caso che­gou ao Fes­ti­val de Can­nes. Os orga­ni­za­do­res colo­ca­ram-se aber­ta­men­te ao lado de Gil­li­am e pro­gra­ma­ram o fil­me para a ses­são de encer­ra­men­to do fes­ti­val. Bran­co ten­tou impe­dir a ses­são, mas o tri­bu­nal recu­sou e reme­teu o des­fe­cho para a deci­são hoje conhecida. 

Entre­tan­to, até ao fim da manhã des­ta sex­ta-fei­ra, a dis­tri­bui­do­ra NOS Audi­o­vi­su­ais con­ti­nu­a­va a anun­ci­ar a estreia do fil­me em Por­tu­gal a 30 de agosto. 

“O Homem Que Matou D. Qui­xo­te” con­ta com Adam Dri­ver e Jonathan Pry­ce nos prin­ci­pais papéis da rocam­bo­les­ca aven­tu­ra de um rea­li­za­dor de anún­ci­os publi­ci­tá­ri­os, entre o pre­sen­te e o sécu­lo XVII, na pro­vín­cia espa­nho­la da Man­cha, onde conhe­ce as per­so­na­gens ide­a­li­za­das por Cervantes. 

por CINEMAX com Lusa 
publi­ca­do 13:09 — 15 junho ’18 

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