Comunidade da Sé do Porto protagonista de filme em estreia no Family Film Project — Festival Internacional de Cinema

Mari­as da Sé”, de Fili­pe Mar­tins, une o docu­men­tá­rio e a fic­ção numa lon­ga-metra­gem roda­da na zona his­tó­ri­ca da Sé do Porto. 

Cinema Portugus

Marias da S”, de Filipe Martins, une o documentrio e a fico numa longa-metragem rodada na zona histrica da S do Porto.

“Marias da Sé”, de Filipe Martins, filme híbrido entre o documentário e a ficção protagonizado pela comunidade da Sé do Porto, estreia no Family Film Project a 17 de outubro. A longa-metragem é uma produção do Balleteatro que apresenta, no mesmo dia, a publicação “Unframing Archives” que reúne textos acerca do cruzamento entre o cinema, as artes e o arquivo.

Embo­ra con­te com a par­ti­ci­pa­ção de ato­res pro­fis­si­o­nais, “Mari­as da Sé” é pro­ta­go­ni­za­do pela comu­ni­da­de resi­den­te na Sé do Por­to. Ini­ci­al­men­te pen­sa­do como cur­ta-metra­gem, o fil­me sur­ge de um desa­fio lan­ça­do ao rea­li­za­dor Fili­pe Mar­tins pelo Bal­le­te­a­tro em asso­ci­a­ção com a Por­to Lazer. 

O resul­ta­do é uma lon­ga-metra­gem que une o docu­men­tá­rio e a fic­ção e cru­za vári­as linhas nar­ra­ti­vas num úni­co dia no Por­to: uma irman­da­de de mulhe­res que se reú­nem dia­ri­a­men­te para jogar às car­tas; um casal de turis­tas (João Reis e Car­la Boli­to) que pas­seia pela zona his­tó­ri­ca da Sé; uma atriz soli­tá­ria em bus­ca de uma per­so­na­gem (Lígia Roque); um ensaio geral de tea­tro ama­dor no dia da estreia; e outras micro-his­tó­ri­as que vão sur­gin­do da voz das gen­tes locais. O dia ter­mi­na com o epí­lo­go notur­no da “quei­ma do Judas”, uma ceri­mó­nia ritu­al típi­ca da Sé para exor­ci­zar todos os males.

O fil­me é apre­sen­ta­do, em estreia no Por­to, na quar­ta-fei­ra, 17 de outu­bro, às 21h30, no Pas­sos Manu­el, inte­gra­do no pro­gra­ma do 7º Family Film Pro­ject — Fes­ti­val Inter­na­ci­o­nal de Cine­ma de Arqui­vo, Memó­ria e Etnografia.

No mes­mo dia, às 17h00, o Bal­le­ta­tro apre­sen­ta, tam­bém no Pas­sos Manu­el, a publi­ca­ção “Unfra­ming Archi­ves”, decor­ren­te da con­fe­rên­cia com o mes­mo nome que teve lugar na edi­ção de 2017 do Family Film Pro­ject. O livro resul­ta da par­ce­ria com o gru­po de inves­ti­ga­ção Esté­ti­ca, Polí­ti­ca e Conhe­ci­men­to do Ins­ti­tu­to de Filo­so­fia da Uni­ver­si­da­de do Por­to e reú­ne um con­jun­to de ensai­os e entre­vis­tas sobre o cru­za­men­to entre o cine­ma, as artes e o arquivo. 

Andr­zej Mar­zec, Bill Nichols, Cata­ri­na Mou­rão, Deir­dre Boy­le, Éfren Cue­vas, Fer­nan­da Fra­ga­tei­ro, Fili­pe Mar­tins, Miguel Leal e Péter For­gács con­tri­bu­em para uma dis­cus­são sobre os limi­tes da for­ma­li­za­ção do real e, ao mes­mo tem­po, lan­çam desa­fi­os sobre pos­si­bi­li­da­des de rein­te­gra­ção do arqui­vo no cam­po das artes e da política.

Com o seu tra­di­ci­o­nal enfo­que nas pai­sa­gens fami­li­a­res e no cru­za­men­to entre a inti­mi­da­de e o olhar etno­grá­fi­co, o Family Film Pro­ject – Fes­ti­val Inter­na­ci­o­nal de Cine­ma de Arqui­vo, Memó­ria e Etno­gra­fia decor­re, entre 15 e 20 de outu­bro, no Pas­sos Manu­el, Maus Hábi­tos e Coli­seu do Por­to, com um pro­gra­ma vari­a­do que inclui ses­sões com­pe­ti­ti­vas, mas­ter­clas­ses, per­for­man­ces e vídeo instalações.

O fes­ti­val é orga­ni­za­do pelo Bal­le­te­a­tro, estru­tu­ra resi­den­te no Coli­seu do Por­to Age­as e finan­ci­a­da pelo Gover­no de Por­tu­gal e a DGAr­tes, com co-pro­du­ção da Câma­ra Muni­ci­pal do Porto. 

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