Categoria: Programação
Dia do Cineclube na Casa do Cinema de Coimbra
Esse contributo foi construído em combate contra a repressão, contra a censura e contra a centralização que o país promoveu até ao início do último quartel do Séc. XX. Assim, é também graças ao cineclubismo que se iniciou a descentralização da oferta cinematográfica abrindo a sua ação ao maior número de pessoas e lugares. É nesses espaços de partilha e paixão pela sétima arte que se tem acesso a uma oferta cultural mais vasta e enriquecedora, complementada pelos debates e conversas em sala, bem como pela criação dos primeiros festivais e oficinas de formação por todo o país. Essas foram importantes bases que permitiram que cineclube seja reconhecido como um sinónimo de uma programação livre e desinteressada em prol da participação do público em momentos de reflexão colectiva.
Reconhecendo o importante papel de valorização territorial e coesão social dos cineclubes, a Casa do Cinema de Coimbra dará a todos os cineclubistas o acesso às sessões do dia 14 de abril na condição de associado dos Caminhos do Cinema Português. Os sócios do Centro de Estudos Cinematográficos terão assim acesso ao bilhete a 2€ se tiverem a quotização em dia.
Celebrado a 14 de abril, o Dia do Cineclube homenageia o movimento associativo dedicado à promoção da cultura cinematográfica. Sendo o Cineclubismo em Portugal, segundo Henrique Espírito Santo, o maior movimento cultural de massas pré-25 de Abril, isso deve-se ao seu importante contributo social, educacional e cultural através da tela.
“A Vida de Adèle” na Casa do Cinema
Na próxima quarta-feira, 30 de Junho, às 20h30, concluímos o ciclo ‘Cinema Queer e fuga ao estereótipo’, com a exibição de ‘La vie d’Adèle’, de Abdellatif Kechiche.
Em Junho na Casa do Cinema
Casa do Cinema de Coimbra · 3.ª Semana
“66 Cinemas” para celebrar o rito cinematográfico
A 28 de Dezembro de 1895, no Salon Indien du Grand Café em Paris, os irmãos Louis e Auguste Lumiére fizeram pela primeira vez uma exibição comercial de cinema. Esta efeméride marca assim a fundação do conceito de sala de cinema e de bilheteira, numa sessão programada com 10 filmes dos irmãos e 33 espectadores.
125 anos depois, o Centro de Estudos Cinematográficos celebra este ímpeto de fazer e dar a ver cinema em sala, trazendo uma obra de um realizador que também uniu no seu trabalho a vontade de criar e exibir: Philipp Hartmann. Realizador de “O Tempo Passa como um Leão que Ruge” (2013), percorreu cerca de 20.000Km a mostrar esta sua obra por toda a Alemanha. Este percurso resultou no filme “66 Kinos”, que documenta cinematograficamente o universo das salas de exibição, os responsáveis e os vários públicos.
Três dramas e um documentário na programação de dezembro
“Museu”, “Aznavour por Charles”, “Adeus à Noite” e “Corpus Christi” são os filmes com que o Centro de Estudos Cinematográficos encerra 2020. Na sexta e no sábado desta e da próxima semana, a programação cineclubista é retomada com alguns dos títulos internacionais mais marcantes dos dois últimos anos. Pelo ecrã do Estúdio 2 das Galerias Avenida vão passar, entre outros, um nomeado ao Óscar de Melhor Filme Internacional (2020) e um vencedor do Urso de Prata para Melhor Argumento no Festival de Cinema de Berlim (2018).
Bostofrio, Où Le Ciel Rejoint La Terre & Poéticas do Canto Polifónico
Na próxima quarta-feira, 7 de Outubro às 21h45, serão apresentados dois documentários portugueses. A curta-metragem Poéticas do Canto Polifónico e a longa-metragem Bostofrio. A entrada, como sempre, deverá ser reservada através do email [email protected], tendo os nossos associados entrada gratuita.
Retrospectiva Agnès Varda
Agnès Varda (1928–2019) foi uma das mais importantes cineastas da sua geração. Inserida no intitulado Left Bank da Nouvelle Vague, a sua carreira estendeu-se por mais de 5 décadas, assinando mais de 20 longas-metragens e 20 curtas-metragens. Artista colaborativa e multidisciplinar por excelência, Agnès Varda trabalhou filme e fotografia, mas também a instalação e a arte digital. Realizou ficções e documentários, explorando as suas mutuas relações. O Centro de Estudos Cinematográficos convida-vos para esta singela retrospectiva — com quatro longas-metragens e uma curta-metragem — para que juntos possamos compreender melhor as três palavras que a própria diz terem guiado o seu trabalho: Inspiração, Criação, Partilha.