Mensagem do Diretor

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Pró­xi­mos do Jubi­leu que com cer­te­za mar­ca­rá a vida des­te even­to, orgu­lha­mo-nos de tra­zer a Coim­bra de for­ma inin­ter­rup­ta e con­tí­nua o melhor do que se faz no cine­ma por­tu­guês. Con­si­de­ra­mos que ao lon­go de 24 edi­ções alcan­ça­mos um equi­lí­brio pro­gra­má­ti­co que refle­te todos os géne­ros e fei­ti­os que carac­te­ri­zam a pro­du­ção de cine­ma no país, pro­cu­ran­do de for­ma equi­ta­ti­va dar-lhe um espa­ço e públi­cos, que ansei­am por ele, ou que lhes per­mi­te a des­co­ber­ta do mes­mo. Sem sec­ci­o­nis­mos, eli­tis­mos ou pro­se­li­tis­mos ten­ta­mos man­ter coe­ren­te a iden­ti­da­de que nos carac­te­ri­za des­de sem­pre: mos­trar todo o cine­ma português.

Ape­sar da apos­ta na manu­ten­ção des­ta coe­rên­cia iden­ti­tá­ria temo-nos depa­ra­do, como em qual­quer cami­nho, com os mais diver­sos obs­tá­cu­los, sejam aque­les que deri­vam do pro­vin­ci­a­nis­mo que assis­te a qual­quer loca­li­da­de que não seja Lis­boa ou Por­to na men­te dos cri­a­do­res, sejam aque­les que deri­vam da taca­nhez, da ostra­ci­za­ção dos res­pon­sá­veis locais na pro­gra­ma­ção de even­tos na cida­de. Se a bata­lha tem sido dura, mai­or tem sido o pra­zer de anu­al- men­te, e com os cons­tran­gi­men­tos sobe­ja­men­te conhe­ci­dos, ter sido capaz de fazer che­gar a esta cida­de este even­to e atra­vés dele con­tri­buir para a depo­la­ri­za­ção da apre­sen­ta­ção, mas igual­men­te do con­su­mo cul­tu­ral. Mas esta tare­fa não é um fei­to iso­la­do de um Dire­tor, não o é de todo, e se alguns nomes da equi­pa que orga­ni­za e pros­se­gue esta mis­são são conhe­ci­dos, é minha obri­ga­ção reco­nhe­cer o esfor­ço e empe­nho de toda uma equi­pa, que não sen­do visí­vel é ful­cral para que este che­gue aos diver­sos públi­cos. Acres­cen­tar, inclu­si­va­men­te, que todo este tra­ba­lho é fei­to sem neces­si­da­de de “fei­ras de vai­da­des”, que tan­to carac­te­ri­za os even­tos que se apre- sen­tam à cidade. 

Ano após ano sali­en­ta­mos que é essen­ci­al esta des­cen­tra­li­za­ção cul­tu­ral, mas igual­men­te uma des­con­cen­tra­ção cul­tu­ral. Afir­ma­re­mos sem­pre que é neces­sá­rio cri­ar as con­di­ções de frui­ção e aces­so cul­tu­ral em todo o ter­ri­tó­rio, pro­mo­ven­do ini­ci­a­ti­vas que não se cin­jam à cida­de de Coim­bra, à região cen­tro, e que pas­sam por levar o cine­ma por­tu­guês mais além. Para além dos dife­ren­tes pode­res autár­qui­cos, temos con­ta­do com um con­jun­to de par­cei­ros que nos aju­dam na pros­se­cu­ção dos nos­sos obje­ti­vos. Só assim é pos­sí­vel apre­sen­tar um pro­gra­ma tão vari­a­do e eclé­ti­co, con­gre­gan­do inte­res­ses e for­mas de estar dife­ren­tes dos nos­sos cine­as­tas, e simul­ta­ne­a­men­te pro­gra­mar para que dife­ren­tes públi­cos, sem polí­ti­cas de gos­to ace­dam a esta criação.

Na qua­li­da­de de Direc­tor do úni­co fes­ti­val de cine­ma que pre­meia e reco­nhe­ce todos os inter­ve­ni­en­tes da pro­du­ção cine­ma­to­grá­fi­ca, con­vi­do a todos a par­ti­ci­pa­rem nes­ta que é a gran­de fes­ta do e pelo Cine­ma Português.

Vítor Fer­rei­ra
– Dire­tor do Festival 

Sai­ba mais na seguin­te liga­ção: Men­sa­gem do Dire­tor.