Jorge Jácome volta a receber o Grande Prémio do Festival de Hamburgo

A cur­ta-metra­gem “Past Per­fect”, per­mi­tiu ao rea­li­za­dor bisar no cer­ta­me alemão. 

Cinema Portugus Curta-metragem

A curta-metragem “Past Perfect”, permitiu ao realizador bisar no certame alemo.

“Past Perfect”, de Jorge Jácome, venceu o Festival de Curtas Metragens de Hamburgo que decorre na Alemanha de 4 a 10 de Junho. Depois de, no ano passado, o seu filme “Flores” ter vencido o Grande Prémio e o Prémio do Público, o realizador consegue o feito inédito de bisar uma vitória no mesmo festival.

Este pré­mio assu­me ain­da mais impor­tân­cia no ano de entra­da em func­ções da nova direc­to­ra do fes­ti­val, Mai­ke Mia Hoeh­ne (que diri­gia ante­ri­or­men­te a com­pe­ti­ção de cur­tas metra­gens do Fes­ti­val de Ber­lim). Hoeh­ne trou­xe uma nova visão e quer que Ham­bur­go assu­ma um papel cada vez mais impor­tan­te no uni­ver­so da cur­ta metragem. 

“Past Per­fect” teve estreia mun­di­al em Feve­rei­ro pas­sa­do no Fes­ti­val de Ber­lim, na com­pe­ti­ção Ber­li­na­le Shorts. 

O júri do 35º Kurz­film Fes­ti­val Ham­burg foi com­pos­to por Pela del Ála­mo, (rea­li­za­dor e direc­tor do fes­ti­val Cur­to­cir­cui­to), Peter Van Hoof (pro­gra­ma­dor do fes­ti­val de Roter­dão), Ana David (pro­gra­ma­do­ra do fes­ti­val Indi­e­Lis­boa), Jen­ni­fer Ree­der (rea­li­za­do­ra) e Pawel Wieszc­ze­cins­ki (dis­tri­bui­dor da Kinoscope). 

Depois de ter sido o pri­mei­ro fil­me por­tu­guês a ven­cer a Com­pe­ti­ção Inter­na­ci­o­nal do Indi­e­Lis­boa, em mea­dos de Maio, “Past Per­fect” con­ti­nua um per­cur­so posi­ti­vo, con­tan­do com tre­ze selec­ções para fes­ti­vais e três pré­mi­os relevantes. 

O fil­me, base­a­do num tex­to para tea­tro de Pedro Penim, cujas pala­vras ser­vem de mote à sinop­se de um fil­me que faz um per­cur­so da melan­co­lia — “Mui­tas cida­des ou paí­ses apre­sen­tam uma malai­se dis­tin­ta. São luga­res que podi­am ser Por­tu­gal, de tão afun­da­dos numa dolo­ro­sa Sau­da­de do pas­sa­do, e onde cada ten­são do pre­sen­te é ape­nas a pon­ta de um ice­berg que se expli­ca em recu­os suces­si­vos que podem ir até à ori­gem das espé­ci­es, pelo menos. Esta nos­tal­gia é mui­tas vezes apre­sen­ta­da como um diag­nós­ti­co, uma nega­ção de um pre­sen­te dolo­ro­so em opo­si­ção ao dese­jo de regres­sar a um pas­sa­do glorioso.” 

por CINEMAX
publi­ca­do 12:26 — 10 junho ’19 

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