Sinónimos, de Nadav Lapid

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Reto­ma­mos o ciclo “Cine­ma, Acti­vis­mo e Soci­e­da­de” na pró­xi­ma quar­ta-fei­ra, 15 de julho com o fil­me “Sinó­ni­mos” de Nadav Lapid. Entra­da Livre a todos os sóci­os e estudantes.

A arte sem­pre foi uma arma polí­ti­ca de rei­vin­di­ca­ção, resis­tên­cia e pro­gres­so. Não é ao aca­so que as van­guar­das ide­o­ló­gi­cas da con­tem­po­ra­nei­da­de foram sem­pre acom­pa­nha­das de van­guar­das artís­ti­cas — e o cine­ma, des­de a sua insur­gên­cia, sem­pre fez par­te das mes­mas. Nes­te ciclo cele­bra-se não só o cine­ma, mas tam­bém os actos de resis­tên­cia e acti­vis­mo que tan­to pre­ci­sa­mos e mere­ce­mos nos dias de hoje.

Yoav, um jovem isra­e­li­ta, vai para Paris, com espe­ran­ça de que a Fran­ça e os fran­ce­ses o sal­vem da lou­cu­ra do seu país. Em Paris, as coi­sas não come­çam mui­to bem para Yoav. Ele bate à por­ta de um apar­ta­men­to e des­co­bre que está vazio, apro­vei­ta para tomar banho lá, mas as suas coi­sas são rou­ba­das. Mas este jovem isra­e­li­ta che­gou a Paris com gran­des expec­ta­ti­vas, ele está deter­mi­na­do a livrar-se da sua naci­o­na­li­da­de o mais rápi­do pos­sí­vel. Para ele, ser isra­e­li­ta é como um tumor que pre­ci­sa de ser remo­vi­do cirur­gi­ca­men­te. Tor­nar-se fran­cês, por outro lado, seria sem dúvi­da a sua sal­va­ção. Para apa­gar as suas ori­gens, Yoav come­ça por mudar a lín­gua que fala. De ago­ra em dian­te, ele não vol­ta­rá a dizer uma úni­ca pala­vra em hebrai­co. O dici­o­ná­rio anda sem­pre com ele. As visi­tas que tem de fazer à Embai­xa­da de Isra­el inco­mo­dam-no; ele acha que os seus com­pa­tri­o­tas são uma cha­ti­ce. O tes­te para a natu­ra­li­za­ção tam­bém lhe colo­ca alguns pro­ble­mas. O jovem casal fran­cês com quem tra­vou ami­za­de tem umas idei­as bas­tan­te estra­nhas sobre como devem aju­dá-lo. Base­a­do nas suas pró­pri­as expe­ri­ên­ci­as, Nadav Lapid explo­ra os desa­fi­os de cri­ar raí­zes num novo lugar. A sua ten­ta­ti­va para se encon­trar des­per­ta anti­gos demó­ni­os e reve­la um abis­mo exis­ten­ci­al. Um puzz­le trá­gi­co-cómi­co que escon­de de for­ma astu­ta os seus segre­dos.

A Entra­da é livre a todos os asso­ci­a­dos e estu­dan­tes. Ao se asso­ci­ar ao Cen­tro de Estu­dos Cine­ma­to­grá­fi­cos está a con­tri­buir para que pos­sa­mos con­ti­nu­ar a rea­li­zar a exi­bi­ção de cine­ma alter­na­ti­vo, for­ma­ções, o fes­ti­val Cami­nhos e outras acções de for­ma­ção na área da ima­gem em movi­men­to.

A admis­são do res­tan­te públi­co tem um cus­to de 3€.