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Pessoanos comentam o “Filme do Desassossego”

Na pró­xi­ma quin­ta-fei­ra, 2 de Novem­bro, o Mini-Audi­tó­rio Sal­ga­do Zenha irá rece­ber a exi­bi­ção do “Fil­me do Desas­sos­se­go” de João Bote­lho. Este fil­me é base­a­do no livro homó­ni­mo da auto­ria dos hete­ró­ni­mos, de Fer­nan­do Pes­soa, Ber­nar­do Soa­res e Vicen­te Gue­des. O livro ina­ca­ba­do de Fer­nan­do Pes­soa tem conhe­ci­do vári­as edi­ções com­pi­la­das atra­vés da inter­pre­ta­ção de vári­os edi­to­res dos manus­cri­tos e dac­ti­los­cri­tos ori­gi­nais e das inten­ções escri­tas de orga­ni­za­ção de Fer­nan­do Pes­soa. Cada edi­ção é uma nova pers­pec­ti­va sobre esta obra, o que pode­rá acres­cen­tar o filme?

Para res­pon­der a esta per­gun­ta con­ta­mos com a pre­sen­ça de três peri­tos na obra de Fer­nan­do Pes­soa; Antó­nio Apo­li­ná­rio Lou­ren­ço, Bru­no Fon­tes e Manu­el Portela.

Antó­nio Apo­li­ná­rio Lourenço

Antó­nio Apo­li­ná­rio Lou­ren­ço é pro­fes­sor de lite­ra­tu­ra na Uni­ver­si­da­de de Coim­bra, onde coor­de­na a sec­ção de Estu­dos Espa­nhóis. Inte­gra a Comis­são Exe­cu­ti­va do Cen­tro de Lite­ra­tu­ra Por­tu­gue­sa da mes­ma uni­ver­si­da­de. É autor ou edi­tor de vári­os livros publi­ca­dos em Por­tu­gal, Espa­nha e Bra­sil, entre os quais uma His­tó­ria da Lite­ra­tu­ra Espa­nho­la (1994, em cola­bo­ra­ção com Eloí­sa Álva­rez), uma His­to­ria de la Lite­ra­tu­ra Por­tu­gue­sa (2000, coe­di­tor, com José Luis Gavi­la­nes), Iden­ti­da­de e alte­ri­da­de em Fer­nan­do Pes­soa e Anto­nio Macha­do (1995; com edi­ção espa­nho­la de 1997), Eça de Quei­rós e o Natu­ra­lis­mo na Penín­su­la Ibé­ri­ca (2005), Estu­dos de lite­ra­tu­ra com­pa­ra­da luso-espa­nho­la (2005), Fer­nan­do Pes­soa (2009), Guia de lei­tu­ra. Men­sa­gem de Fer­nan­do Pes­soa (2011), Lite­ra­tu­ra, Espa­ço, Car­to­gra­fi­as (2011, coe­di­tor, com Osval­do Manu­el Sil­ves­tre), Pode­res y Auto­ri­da­des en el Siglo de Oro: Rea­li­dad y Repre­sen­ta­ción (2012, coe­di­tor com Jesús M. Usu­ná­riz), O Sécu­lo do Roman­ce. Rea­lis­mo e Natu­ra­lis­mo na Fic­ção Oito­cen­tis­ta (2013, coe­di­tor com Maria Hele­na San­ta­na e Maria João Simões) e O Moder­nis­mo (2015, em cola­bo­ra­ção com Car­los Reis). A sua edi­ção comen­ta­da da Men­sa­gem de Fer­nan­do Pes­soa foi lan­ça­da no Bra­sil em 2015, na cole­ção de clás­si­cos da Ate­liê Editorial.

Bru­no Fontes

Bru­no Fon­tes licen­ci­ou-se em Estu­dos Por­tu­gue­ses e Lusó­fo­nos na Facul­da­de de Letras da Uni­ver­si­da­de de Coim­bra, e con­cluiu, na mes­ma ins­ti­tui­ção, o Mes­tra­do em Estu­dos Artís­ti­cos, na área de estu­dos fíl­mi­cos. Tem desen­vol­vi­do ati­vi­da­des em con­jun­to com diver­sas asso­ci­a­ções cul­tu­rais em Coim­bra, no Por­to e na Figuei­ra da Foz. As suas áre­as de inte­res­se cen­tram-se no diá­lo­go do cine­ma com as outras artes, das quais se des­ta­cam a lite­ra­tu­ra e a músi­ca, e na aná­li­se da arte e da cul­tu­ra de mas­sas na soci­e­da­de con­tem­po­râ­nea. Está nes­te momen­to a fre­quen­tar o Pro­gra­ma de Dou­to­ra­men­to em Mate­ri­a­li­da­des da Lite­ra­tu­ra na Uni­ver­si­da­de de Coimbra. 

Manu­el Portela

Manu­el Por­te­la é pro­fes­sor da Facul­da­de de Letras da Uni­ver­si­da­de de Coim­bra, onde diri­ge o Pro­gra­ma de Dou­to­ra­men­to em Mate­ri­a­li­da­des da Lite­ra­tu­ra (Pro­gra­ma de Dou­to­ra­men­to FCT). É mem­bro do Cen­tro de Lite­ra­tu­ra Por­tu­gue­sa da Uni­ver­si­da­de de Coim­bra, sen­do o inves­ti­ga­dor res­pon­sá­vel pelo Arqui­vo LdoD (https://ldod.uc.pt/), um arqui­vo digi­tal dedi­ca­do ao Livro do Desas­sos­se­go, a publi­car em 2017. O seu últi­mo­li­vro inti­tu­la-se Scrip­ting Rea­ding Moti­ons: The Codex and the Com­pu­ter as Self-Refle­xi­ve Machi­nes (MIT Press, 2013).

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SOBRE OLIVEIRA & BOTELHO

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Mano­el de Oli­vei­ra tem sido con­si­de­ra­do pelos seus pares como um dos gran­des Mes­tres do cine­ma. Aos seus 73, como jei­to de regis­to cine­ma­to­grá­fi­co da dor, memo­ri­za a sua casa, o aban­do­no do mate­ri­al e a per­da da esta­bi­li­da­de para um novo pon­to de par­ti­da exis­ten­ci­al. Ape­sar de pare­cer algo total­men­te nefas­to se olha­do super­fi­ci­al­men­te, repre­sen­tou um mar­co na sua car­rei­ra, a influên­cia da bus­ca pelo real que pode ser fic­ci­o­na­do, a refe­rên­cia e amor pela arte de for­ma trans­ver­sal (não são raras as refe­rên­ci­as a Agus­ti­na, por exem­plo) expres­sa pela película.

Mano­el de Oli­vei­ra tem sido con­si­de­ra­do pelos seus pares como um dos gran­des Mes­tres do cine­ma. Aos seus 73, como jei­to de regis­to cine­ma­to­grá­fi­co da dor, memo­ri­za a sua casa, o aban­do­no do mate­ri­al e a

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Mano­el de Oli­vei­ra tem sido con­si­de­ra­do pelos seus pares como um dos gran­des Mes­tres do cine­ma. Aos seus 73, como jei­to de regis­to cine­ma­to­grá­fi­co da dor, memo­ri­za a sua casa, o aban­do­no do mate­ri­al e a per­da da esta­bi­li­da­de para um novo pon­to de par­ti­da exis­ten­ci­al. Ape­sar de pare­cer algo total­men­te nefas­to se olha­do super­fi­ci­al­men­te, repre­sen­tou um mar­co na sua car­rei­ra, a influên­cia da bus­ca pelo real que pode ser fic­ci­o­na­do, a refe­rên­cia e amor pela arte de for­ma trans­ver­sal (não são raras as refe­rên­ci­as a Agus­ti­na, por exem­plo) expres­sa pela película.

Cartaz Quinzena 3 1 a 3 de Novembro

Fusões em Novembro

Inte­gra­do no ciclo Fusões no Cine­ma exibimos:

1 de Novembro
18:00
Fau­nethic de Véro­ni­que Girard, Marie-Josée Dou­tre e Marie-Hélè­ne Cournoyer
I am Under Cons­truc­ti­on de Ennya Larmit
Vila Do Con­de Esprai­a­da de Miguel Cla­ra Vasconcelos

22:00
Irmãos de Pedro Magano

3 de Novembro
18:00
La Val­se de João Botelho
To Get In de Anna Sarukhanova

22:00
GIPSOFILA de Mar­ga­ri­da Lei­tão às 22:00.

Entra­da LIVRE no Mini-Audi­tó­rio Sal­ga­do Zenha