Incentivos atraíram 40 produções de cinema a Portugal

Cinema Portugus

O balano foi feito pela Portugal Film Commission durante o American Film Market que decorre em Los Angeles.

O incentivo à produção e captação de filmagens em Portugal, que oferece até 30% do valor dos projetos aos promotores, já atraiu 40 produções, disse à Lusa o comissário da Portugal Film Commission, Manuel Claro.

O res­pon­sá­vel fala­va à mar­gem da apre­sen­ta­ção da enti­da­de por­tu­gue­sa na Loca­ti­o­nEx­po da 40ªedição do Ame­ri­can Film Mar­ket (AFM), even­to que decor­re até ama­nhã em San­ta Móni­ca, con­da­do de Los Angeles. 

“Já tive­mos 40 pro­je­tos apoi­a­dos em pou­co mais de um ano e meio”, expli­cou Manu­el Cla­ro, sali­en­tan­do que “é qua­se unâ­ni­me” entre os pro­du­to­res inter­na­ci­o­nais “a qua­li­da­de das equi­pas téc­ni­cas e artís­ti­cas por­tu­gue­sas nes­te tipo de obras”. 

O incen­ti­vo finan­ci­a­do pelo Fun­do de Apoio ao Turis­mo, Cine­ma e Audi­o­vi­su­al é diri­gi­do a pro­du­ções com gas­tos a par­tir dos 500 mil euros e tem carac­te­rís­ti­cas que a Por­tu­gal Film Com­mis­si­on con­si­de­ra serem com­pe­ti­ti­vas. “O obje­ti­vo foi cri­ar um ‘cash reba­te’ dife­ren­ci­a­dor a nível inter­na­ci­o­nal”, dis­se Manu­el Cla­ro, expli­can­do que os 25% a 30% de bónus depen­dem das des­pe­sas ele­gí­veis fei­tas em Por­tu­gal e que o sis­te­ma é dife­ren­te dos incen­ti­vos dados por outros paí­ses, como Poló­nia e Roménia. 

Entre os fil­mes que bene­fi­ci­a­ram do incen­ti­vo mone­tá­rio estão “Fran­kie”, rea­li­za­do pelo nor­te-ame­ri­ca­no Ira Sachs, “Liber­té”, de Albert Ser­ra, “Patrick”, a pri­mei­ra lon­ga-metra­gem de Gon­ça­lo Wad­ding­ton, e “Color Out of Spa­ce”, rea­li­za­do por Richard Stan­ley, pro­ta­go­ni­za­do por Nico­las Cage e intei­ra­men­te roda­do em Portugal. 

O des­ta­que des­tas pro­du­ções nos fes­ti­vais inter­na­ci­o­nais, como Can­nes, Vene­za, Locar­no, San Sebas­tián e Toron­to, levou Manu­el Cla­ro a afir­mar que “o verão de 2019 para o cine­ma por­tu­guês foi abso­lu­ta­men­te extra­or­di­ná­rio”. “A Her­da­de”, pelí­cu­la rea­li­za­da por Tia­go Gue­des que está na cor­ri­da a uma nome­a­ção para o Óscar de Melhor Fil­me Estran­gei­ro, foi mos­tra­da duran­te o Ame­ri­can Film Mar­ket e é tam­bém uma pro­du­ção que rece­beu apoio do pro­gra­ma de incentivos. 

“As duas qua­li­da­des des­te sis­te­ma que o tor­nam com­pe­ti­ti­vo e dife­ren­ci­a­dor de mui­tos outros é que nós temos paga­men­tos adi­an­ta­dos”, indi­cou Manu­el Cla­ro, refe­rin­do-se às par­ce­las que come­çam a ser entre­gues aos pro­du­to­res assim que o con­tra­to é assi­na­do. Por outro lado, afir­mou, as deci­sões sobre os apoi­os são toma­das em vin­te dias úteis, uma “cele­ri­da­de e trans­pa­rên­cia” que con­si­de­rou serem “ele­men­tos fun­da­men­tais” para a com­pe­ti­ti­vi­da­de do incentivo. 

O Fun­do de Apoio ao Turis­mo, Cine­ma e Audi­o­vi­su­al tem um orça­men­to de 12 milhões por ano, dos quais 660 mil são entre­gues à recém-cri­a­da Por­tu­gal Film Com­mis­si­on e os res­tan­tes finan­ci­am os ‘cash reba­tes’, em for­ma­to de adi­an­ta­men­tos, às pro­du­ções que se qualifiquem. 

Manu­el Cla­ro sali­en­ta a rele­vân­cia des­tes núme­ros quan­do com­pa­ra­dos com a situ­a­ção vivi­da há ape­nas alguns anos: “De 6 milhões do ICA (Ins­ti­tu­to do Cine­ma e do Audi­o­vi­su­al) em 2012 pas­sa­mos para um total de 32 milhões, 20 do ICA mais 12 do fun­do”, afir­mou. “Esta­mos nes­te momen­to com um ecos­sis­te­ma como pro­va­vel­men­te nun­ca tive­mos. Há que tra­ba­lhar para o con­ti­nu­ar a jus­ti­fi­car e a manter”. 

A Por­tu­gal Film Com­mis­si­on fez-se repre­sen­tar na 40ª edi­ção do Ame­ri­can Film Mar­ket pelo comis­sá­rio Manu­el Cla­ro, a dire­to­ra exe­cu­ti­va Inês Quei­roz e a res­pon­sá­vel de pro­je­to Tere­sa Graça. 

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